segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Sapo Cururu

Dia de sorrir e cantar!


Sapo cururu, na beira do rio

Quando o sapo canta, ô maninha, é porque tem frio.

A mulher do sapo deve estar está  lá dentro

Fazendo rendinha, ô maninha, para o casamento.





sábado, 11 de fevereiro de 2012

Olhando para o céu

A mocinha do filme olha para o céu cheio de estrelas, suspira e sorri.

Deixo prá lá o filme, levada agora pelos pensamentos que me fazem voltar no tempo. Toma conta de mim a mesma sensação das vezes que olhei para o céu e me perdi entre as estrelas.  Penso no mistério daquela imensidão e sorrio também, como depois de uma descoberta. No entanto, não sei o que atrai nosso olhar para o alto tantas vezes durante nossa vida aqui.

Imagino que lá esteja toda a nossa esperança e isso me acalma. 

Olhando para o céu planejamos o futuro, moldamos nossos sonhos. Sonhos que nascem dentro de nós e que erroneamente procuramos no alto. O que mora no céu é o que alimenta nossos sonhos, não esses.

Nosso olhar rotineiramente se perde no espaço escuro entre as estrelas, nos leva a vagar pelo universo, nos faz sentir pequeninos e parte do todo ao mesmo tempo. 

O que não se pode explicar é verdade por si só, e costuma morar lá em cima.

Olhamos para o céu para sonhar, pedir, agradecer; para admirar a grandeza da Criação, suspirar em reconhecimento. Na alegria e na tristeza, é para lá que nosso olhar se dirige sempre.

Quando pequena, aprendi com minha mãe que no céu está Deus, cercado de anjos e de todos os Seus santos. Olho para o céu com fé, mas também com a sensação de que existe ali algo que ainda não me contaram.

Ainda aprendi que, protegidos por esse mistério, estão também aqueles que já não compartilham conosco este mundo. Lá, então, estarão: meu pai, meus avós, meus tios, amigos queridos. Olho para o céu com saudade e uma pitada de alegria pelo privilégio dos momentos que dividimos.

Nossa vida agora é aqui, pisando este chão, dividindo este espaço com tantas outras pessoas. No entanto, olhamos muito mais vezes para o alto, tentando desvendar mistérios, do que para a Terra onde nossos pés caminham. O que está aqui e podemos tocar interessa menos do que toda essa infinitude de estrelas e de existências.

Que prazer é esse que nos faz esquecer quem somos e nos perder em pensamentos?

Não sei a resposta. Sei apenas que me alimenta a alma a sensação do sem fim, do mistério, das outras possibilidades além do que se vê.

Fé, sonho, ilusão, esperança. Não importa.

Importa apenas olhar e querer enxergar. Sentir e tomar para si. Não ver, mas ter a certeza de ser real.