sábado, 30 de julho de 2016

UM POUCO DE COLO



Uma amiga me disse que se estamos tristes devemos imaginar que nosso travesseiro é o colo de alguém que amamos: nossa mãe, nosso pai, alguém querido. 

Outra noite, ao me deitar, lembrei-me disso e descansei meus medos naquele que imaginei ser o colo de meu pai. Imediatamente, fui tomada de uma emoção indescritível e chorei. Pedi a ele que estivesse comigo, que me ajudasse a ter forças, a escolher os melhores caminhos, a ter perto de mim as melhores pessoas para me ajudar nesse momento. Pedi o entendimento entre a aceitação e a entrega; entre a luta e a revolta. E foram tantos pedidos, tantos medos, tantas dúvidas.

Assim adormeci e descansei no colo de meu pai, protegida do escuro da noite e das angústias do meu coração.

Durante a noite acordei algumas vezes e mudei para o colo de minha mãe, de meus avós, minha tia-avó querida. E assim fui noite adentro.

Acordei amada e protegida por todos eles.

Perto de mim e sempre comigo tenho muitas pessoas queridas, principalmente meu marido - que tem se mostrado o melhor companheiro que a vida poderia ter me dado. Assim também são meus irmãos, meu cunhado e sobrinhos, meus compadres, meus enteados, minhas tias, meus primos, meus amigos ... e são tantos e tantos mais.

Não sei exatamente para onde vai indo minha estrada, mas sei que de alguma forma é por ela que devo seguir. Tenho medo, mas maior é minha fé.

Tenho um imenso amor que me cerca e a proteção de todos os santinhos do meu altar, que olham por mim. Tenho as armas que preciso para lutar.

Deus esteja conosco, alimente nossos corações de fé e coragem.

Foto: xiqueforever