Meu pai sempre se lembrou da data e nunca deixou de entregar à minha mãe uma flor. Não deixava também que nenhum de nós esquecesse disso. Logo cedo já nos telefonava dizendo: está lembrando que dia é hoje?
Meu pai gostava de rosas brancas, simbolizavam para ele o anjo da guarda. E quando estávamos tristes ou preocupados com alguma coisa nos dizia para conversar com a rosa e pedir a ela proteção.
Este ano passou rápido e logo nos trouxe dezembro e todas as suas lembranças. Conforme a data foi se aproximando, foi crescendo em mim uma grande angústia. Chorei, senti medo. Medo da dor e da minha impotência diante dela.
Queria abraçar toda a minha família, protegê-la. Queria que minha mãe ficasse bem e não sofresse nunca mais.
Dezembro, mês também do meu aniversário e do Natal.
Olho para trás e vejo laços que se partiram, ausências. Sinto saudade. Fico triste. Ainda assim, não gosto que digam que foi um ano difícil para mim. Foi apenas mais um ano, respondo.
Dezembro chegou, inexoravelmente.
E quando tudo parecia caminhar em direção à melancolia de um dezembro lento, uma centelha divina manifestou-se entre nós, mostrou-se viva, presente.
E nosso universo transformou-se em luz!
Tudo ganhou outro significado e veio rápido a compreensão das missões que se encerram e das que iniciam. A benção de uma nova existência, trazendo de volta o riso frouxo da alegria, as lágrimas de felicidade, a emoção de assistir a vida se renovando.
Ano que vem, teremos novidade. Chegará em julho, trazendo acalanto aos nossos corações.
Uma nova geração está sendo inaugurada em nossa família. Parabéns, Joana e Ingo!
Estamos felizes de novo, finalmente.
A vida é maravilhosa... o novo sempre vem e chega na hora certa.... transformando o momento e iluminando um novo horizonte!!! O ciclo da vida nunca se fecha, pois a renovação é inevitável para que o nosso coração sempre tenha um novo amor... Parabéns a essa família tão linda!!!
ResponderExcluirVocê tem um anjo da guarda e eu o meu.Nem todas as pessoas tem paizão como os nossos.
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